sábado, 9 de abril de 2011

Relembrando


Relembrando os Velhos Tempos

Pois um passageiro que tinha pavor de avião foi obrigado a embarcar, em razão do falecimento dum parente.

Antigamente serviam-se as mais variadas bebidas, comidas, etc., uma baita mordomia.

A aeromoça, naquela época o nome se adequava e ela era realmente moça (na idade ...), notando os olhos arregalados do novel viajante, foi até sua poltrona e, gentilmente, ofereceu-lhe uma bebidinha, para relaxar.

- Por favor, um uísque - pediu o apavorado.

Veio o uísque dos bons (Drurys, dois meses e meio ...).

Mal ela virara as costas e o assustado pediu outra dose.

A terceira, a quarta e nada de se acalmar.

Vendo as possibilidades de o homem ficar bebum e aprontar, dado o estado emocional a moça sugeriu:

- Quem sabe o senhor come alguma coisa. Uísque no estômago vazio, pega mais do que pereba em perna de guri.

- Obrigado, mas prefiro beber, para ver se ferro no sono de vereda e não vejo nem a decolagem.

- Amigo, mas a empresa tem por norma não oferecer a quinta dose sem que o passageiro haja comido alguma coisa. Razões de segurança. O senhor pode pedir para comer o que preferir.

- Posso, mesmo, pedir o que quiser para comer?

- Sim, claro. Aqui o passageiro é quem comanda.

- Se é assim, quero comer a bunda do comissário! - falou bem alto, já meio enrolando a língua.

Fechou o tempo.

- Agora o senhor foi longe demais. É no que dá não saber a hora de parar com a bebida. Vou chamar o chefe dos comissários.

Foi lá, contou o sucedido e voltou acompanhada dum gaúcho de 1,90m, quase um metro de ombros, braços fortes, bigode de impor autoridade.

- Cidadão, por gentileza, sem escândalo, vim conversar sobre o incidente. Queira me acompanhar.

E conduziu o intimidado passageiro ao reservado.

Este, que não era bobo, vendo a estrutura física do comissário-chefe, não tugiu nem mugiu. Foi, pensando que iria levar uma sova, para aprender a não botar o nariz onde não era chamado.

Já onde os demais não viam nem ouviam, começou o interrogatório:

- O senhor pode confirmar o que falou para a comissária?

O homem era menor do que o grandalhão, em visível desvantagem, mas palavra de gaúcho é um tiro. Sem alternativa, repetiu:

- Eu quero comer o c. do comissário. Disse, repito e sustento.

- Se é assim, que se há de fazer.

O gauchão macho, bigodudo, de quase dois metros arriou as calças.

Mas fez um esclarecimento preliminar:

- Olha aqui, meu amigo, não hay gaúcho veado, e eu não sou gay.

E finalizou:

- Isto é apenas mais uma cortesia da VARIG!

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