domingo, 29 de janeiro de 2023

29 de Janeiro de 2023


Voo do Sandro Lima com seu Kitfox - Osório a Mariluz

  As imagens originais feitas pelo Sandro são de muito maior resolução, mas o blogger não aceitou o arquivo tão grande. Tive que compactar e aí a qualidade perdeu-se. Mas o homem é um profissional da imagem. Excelente, Sandro.
   Só pra te provocar, vou publicar também minha tomada do teu pouso, com o celular ...


      Abaixo, o vídeo do pouso, com tomada externa feita pelo Lambe-Lambe, sem qualquer edição.


   O homem veio que era um caça. Mas como sempre digo: se a pista é longa (Osório é), melhor vir veloz do que tomar uma descendente nas oreia e quebrar o teco-teco por vir no pré-estol.

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 Cumprindo a resolução de Ano Novo, mais uma postagem resgatada (atendendo aos meus quatro leitores).

Deoclécio Peão Voador - A Chegada no  Curso



    Deoclécio, o peão-aluno, Xuxa a égua transporte e quebra-galho, Ventania o cusco fiel, caçador de bichos e cadelas, formavam um trio de dar inveja pela felicidade que irradiava de rosto, cara e focinho de cada um. 

    O peão era o mais feliz dos gaúchos pela iminente aventura de, logo, no mais, estar galopeando pelos céus, tropereando nuvens. A égua Xuxa estava feliz por dar uma variada nos horizontes, saindo das cercanias da Fazenda do seu Ponciano. Já o cusco Ventania, além de correr pereás pelas beiras do corredor, sonhava em ver os filhos que plantara no ventre da cadela-mascote do Aeroclube.
    Nem viram que o destino se aproximava. As luzes da cidade do Alegrete estavam “muy cercas”. Num tapa e percorriam a estradinha que vai do asfalto até os hangares e demais dependências do Aeroclube.
    Ainda era noite, com o leve surgir da barra alaranjada do dia, quando chegaram.      Deoclécio apeou, empeçou a desencilhar a montaria, livrou-a do freio.                     Aproveitando o laço de doze braças, oito tentos, dos bons, trançado no capricho por um guasqueiro de primeira, lá das bandas do Quaraí, usando o cabresto prendeu a companheira de jornadas junto a uma grama de “sustância”. Isto fez cravando uma estaca bem no meio do gramado caprichosamente conservado pelo pessoal da entidade...
    Embaixo dum cinamomo estendeu a carona sobre a grama ainda úmida de sereno, depois o enxergão, os pelegos, fungou de satisfação pela boa viagem feita, que taura macho não suspira. Deu início, então, aos trâmites necessários ao fechamento de um palheiro mata-rato dos melhores, com fumo-de-corda do Sobradinho, palha-de-milho da Palmeira e avio de fogo, dos que usam uma estopa embebida em gasolina de auto.
    Pitou com calma, conversando baixinho com a Xuxa:
    - Não me leva a mal, mas de vereda troco o meio de transporte. Esse trecho que levemo quagi treis hora, eu, de apareio, faço em menos de deis minuto. Só que apareio não se presta pressas cosa de barranco. Ansim, teje livre da preocupação com eu te abandoná. Mesmo adespoi de credenciado como piloto, nunca vô te esquecê. Se uma cosa não sô, é ingrato.
    Nisto chega o Ventania, acompanhado da Chandelle, a mascote do Aeroclube, e uma penca de Ventaniazinhos, que, se fossem xerox do guaipeca, não sairiam tão iguais. Orgulhoso, o cusco trouxe mulher e filhos para apresentar ao dono, como que dizendo:
    - A minha parte está feita. São oito descendentes. E tu, que só fica nessas barranqueações e nem um filhote de peão teve a serventia de fazer. Te caparam ou teve caxumba?
    Entre peão e cachorro a comunicação realmente funcionava. O Deoclécio entendeu o olhar gozador do guaipeca, deu-se conta do desaforo e em vez de acariciar o patriarca Ventania, fazer um afaguinhos nos filhotes e na mãe, lascou um laçaço de relho no atrevido que, sabedor da arte que fizera, nem reclamou muito. Mal deu um ganido, só para não enfurecer de vez o peão e, prudentemente, reuniu a família, afastando-se para local onde a soiteira do relho não pudesse chegar.
    - Havéra de se vê... Até o guaipeca me desaforando por causa de não tê casado ainda. Mas tirá china da zona é que não vô. Ou me aparece prenda de fundamento, ou morro solito. E agora, então, com essas despesa de curso, de hora de apareio é que a cosa encrespa de vez.
    Entre pensamentos e prosa solitária nem se deu conta de que já haviam chegado outros alunos. Ao erguer os olhos, levou um prisco, ficou encabulado, tentou disfarçar, cumprimentando os chegantes:
    - Buenas. Também viéro se aperpará para os exame teórico do curso de apareio?
    - Buenos-dias, responderam. É, vamos ver se conseguimos passar nas provas desta vez, que na outra banca levamos fumo.
    - Falando em fumo, tenho um loco de especial.
    Um gurizote, desses que vão parar em aeroclube empurrados pelo pai para se livrar do serviço militar, mas que nada querem com a vida a não ser aprontar, entusiasmou-se e foi logo se candidatando.
    - Pô cara, pelas tuas roupas nunca que ia imaginar que tu gostasses dum baseado. Tô nessa.
    E lá sabia o Deoclécio o que era baseado?
    Na maior inocência fechou outro palheiro no capricho, sendo que o povoeiro, muito do boca-aberta, nem se deu conta do tipo de baseado que estava no apronte.
O peão deu uma tragada, dessas em que a fumaça expelida poderia ser vista a dezenas de metros, fez uma cara de satisfação e estendeu o palheiro ao amigo.
    Esse agiu como é de costume. Encheu os pulmões, trancou o nariz, para prender o fumacê e, quando se deu conta de que não era o que esperava, estava feita a porqueira. 
Cada brônquio de seu delicado pulmãozinho reagiu energicamente ao corpo estranho.

    Em ânsia de morte o fumaceiro destrancou o nariz delicado, atirou longe o palheiro e entrou num acesso de tosse, que nenhuma gripe-do-porco poderia causar parecido.
    Enquanto o maconheirozinho se finava de tossir, o Deoclécio, ofendido desde os mais remotos ancestrais até os eventuais descendentes tetranetos, vendo seu palheiro jogado fora, calmamente, lançou mão do relho e, numa precisão de atirador de elite, lascou o primeiro laçaço bem no meio do costilhar do desinfeliz tossidor ...
    - Agora tu aprende a fazê poço caso prum gaúcho de minha iguala! Seu nulidade de bosta!
    Os demais não sabiam o que fazer. Na guaiaca do peão luzia o cano do tresoito.         Defender o guri era uma temeridade. Deixar apanhando, seria sucídio coletivo.
    Por sorte o ex-pretendente a isenção do serviço militar atinou com a utilidade das pernas e sebo-nas-canelas, desistiu para todo o sempre da nem iniciada carreira de piloto ...
    O gaudério deu uns passos calmamente, agachou-se, juntou o palheiro, reacendeu e, no seu jeito pausado, invitou os presentes:
    - Bueno, já que ele não quis, pitemo nosotros.
    Deu uma baforada, ofereceu ao que se encontrava pelo lado de montar, iniciando a primeira roda aeropalheira de que se tem notícia.
    Dizem que ninguém recusou ...

 Novembro 2009

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sábado, 21 de janeiro de 2023

Deoclécio, o Peão Voador - Capítulo X - Febrão

    Como na primeira vez em que o Deoclécio, Peão Voador do Alegrete entrou no blog, suas aventuras foram seguidas com extrema ansiedade pelos meus cinco leitores, achei por bem relançar algumas de sua peripécias já passadas, conhecidas e esquecidas, prometendo dar continuidade com suas novas aprontações. 

   Chamo a atenção para este capítulo em especial, pelos motivos a seguir expostos - expressão do juridiquês que uso só para provar que ainda não esqueci de um tudo o que me ensinaram no Curso para Advogado de Porta de Cadeia.

    Sempre ouvi falar de que a arte imita a vida, mas neste caso, a vida imita a arte.

    A febre aqui referida foi causada pela tal de H1N1 - a Gripe do Porco e, pasmem, o capítulo das aventuras foi escrito e postado em 30 de outubro de 2010.

    Qualquer semelhança com a Covid foi mera coincidência ... 

    Ou seria clarividência?!

    Tiro o chapéu para mim próprio, ao descobrir mais este talento oculto ... - o de prever o futuro com detalhes exatos.

                   

Deoclécio, o Peão Voador  

 

         Pois como faz um certo tempo que o Deoclécio não comparece com suas aventuras, esclareço que no capítulo anterior o índio estava em pleno primeiro vôo solo, no circuito de tráfego, gritando, louco de faceiro, com sua realização ...

 

         Foi quando a enfermeira, apavorada, ouviu aqueles gritos de "Qui - bi - bi - u - uh - uh!!!!!!!!".

 

         Entrou correndo no quarto e encontrou o Deoclécio, olhos arregalados, banhado em suor, rebolqueando-se na cama.

 

         Devia ser o febrão, coisa de quase 41 graus e o peão beirava o estado convulsivo.

 

         O médico-plantonista foi chamado às pressas e, vendo a gravidade da situação, ordenou que o doente fosse imediatamente colocado numa banheira de gelo, a fim de baixar a febre, ainda que houvesse o risco de complicar-se a "gripe-do-porco".

 

         O índio já conquistara a bem-querença de enfermeiras, médicos e pacientes. Por isso todos acompanhavam com apreensão o estado de saúde do futuro piloto. Queriam ver o amigo bom de vereda.

 

         Mas o causo era encardumado. Deoclécio era um dos raros pacientes maduros em que a gripe agia com tanta virulência. Aquele remédio afrescoteado que o governo comprara em grande estoque não fazia nem "cosca" no organismo do homem.

 

         O jeito era confiar na resistência do gaudério, que os remédios somente serviam para tapear os sintomas da gripe.

 

         A prenda Cláudia não desgrudava da cabeceira. Emagrecia a olhos vistos e nem assistia às aulas da faculdade, muito menos as do Curso de Piloto Privado. Estava com umas olheiras de dar pena.

 

         Pela cidade corria a notícia de que o peão que estava aprendendo a voar beirava a morte, vitimado pela gripe vinda das bandas de Paso de Los Libres, na Argentina, via Uruguaiana, cidade de intenso movimento de caminhoneiros. Esses caminhoneiros vivem cruzando entre Brasil, Argentina e Chile e, podiam, muito bem, servir como agentes transmissores do vírus. Um deles até passava mal num hospital da cidade fronteiriça.

 

         Um grupo de solteironas beatas, sabedoras dos, digamos, dotes do gaúcho, fazia vigília, rezando vinte e quatro horas por dia pela pronta recuperação do piloto. Sabem como é, a esperança é a última que morre e elas alimentavam a esperança de não partir desta para melhor sem o gostinho, ou seria, gostão ...

 

         Nas aulas do Curso o assunto era o estado de saúde do peão.

 

         - Que graça vai ter, a gente ser aprovado na banca não ter o Deoclécio junto? - dizia um.

 

         - As tiradas do taura, seu jeitão direto e as ganhadas dos instrutores, isso está fazendo muita falta - acrescentava outro.

 

         O fato é que a saúde do Deoclécio era o assunto do momento e até a Rádio principal da cidade, todos os dias falava sobre a evolução do tratamento.

 

         Com o tratamento emergencial do mergulho no gelo, o homem baixou a febre, mas havia o risco de estar contaminado pela super-bactéria, além do vírus gripal.

 

         O caldo ameaçava entornar e havia o risco bem real do Deoclécio esticar as canelas.

 

         Seria uma perda para o Alegrete e o  mundo aeronáutico.

 

         Pessoas que liam o blog dum tal de Barbosa, enviavam os votos de recuperação, a partir do lugares mais longínquos, por exemplo, Vietnã, Japão, Malásia, Estados Unidos, Ilhas dos Açores, etc.

 

         Parecia até que era o candidato a presidente que estava doente.

 

         De volta ao quarto, o doente ficou num estado de letargia e os médicos resolveram aplicar um calmante, para que ele economizasse energias e as aplicasse unicamente no combate ao vírus e possível bactéria.

 

         Com soro no braço, alguns quilos mais magro, cor de doente, não era nem sombra do cavaleiro ereto que montava pelos pampas há poucos dias.

 

         A corrente pró-recuperação do Deoclécio não se interrompia e ganhava adeptos a cada hora. O padre, sem cobrar nada, resolveu rezar missa pelo índio. Pastores evangélicos incluíam o doente nas orações em seus cultos. Umbandistas faziam passes. Velhos, adultos, jovens, crianças, todos queriam que o peão realizasse o seu maior sonho - voar pelos pampas.

 

         No mais profundo de seu inconsciente o peão sabia que não se morre sem peleia. Botou cada célula, cada vaso sangüíneo, cada nervo e músculo a lutar pela vida.

 

         - Se nunca desparei de adaga, me assustei com rodada feia, revólver, facão, dois ou três contra um, havéra de se vê se vô me entregá pruns micóbrio? Eles que me esperem! - delirava.

 

         Entre as lágrimas, a Claúdia tinha que largar um riso amarelo, com as tiradas do peão.

 

         Ainda havia luta.

 

         Era ele um Farrapo, em plena revolução, numa carga de cavalaria, indômito, invencível, encarando a morte de frente, mas nunca pensando em entregar a rapadura.

 

         - E tem mais, só morro adespoi de confirmá o solo! Antes disso, nem que a vaca tussa!

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         E agora? Morre o peão? Mata os "micóbrio"?

        Acesse o blog na semana que vem ...

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 Ah, se sobrar um tempinho, amanhã, domingo, 22 de janeiro do ano da Graça de 2023, posto mais alguma coisa - pode até ser de fundamento.

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PENSAMENTO DO DIAZ:

Voar é a melhor coisa do mundo; pousar é melhor ainda!!!

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domingo, 15 de janeiro de 2023

Uma das Piores Estiagens da Região Continua

 


   Como se vê, no contraste com a soja, as árvores e o arroz,  a grama está totalmente seca.

    Aqui na Palma, a última frente fria trouxe apenas 3 mm.

   Caso a próxima também falhe, os produtores terão um dos piores anos do seu trabalho. 

   Embora este seja um blog de aviação, a seca tem tudo a ver com nosso objetivo: se a lavoura está em crise, a aviação agrícola está junto. Se os lavoureiros sofrerem grandes prejuízos, todos estaremos sentindo os reflexos no bolso. Como avião só voa com dinheiro ...

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ESCLARE CIMENTO

     Na semana passada não houve postagem, pois o "Lambe´Lambe" também é filho de Deus e tirou umas férias. Com cimento ou não, vale o esclare sobre  a Resolução de Ano Novo, de postagens semanais, para deleite (condensado ... ???)  de meus cinco leitores (leitoros, leitoras - segundo a nova grafia a ser imposta ... kkk)

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Para esquecer a seca, relembraremos algumas peripécias do


Deoclécio, O Peão Voador

 

 

            No Aeroclube

 

 

         Trotearam coisa de três quartos de hora até chegar ao Aeroclube do Alegrete.

 

         Arrumaram uma sombra, amarraram as rédeas no tronco da árvore e saíram a procurar alguém que pudesse dar informação sobre o “Curso prá Guiá Apareio”.

 

         Atinar com o que fosse secretaria, recepção, essas coisas, nem tossindo a vaca.

 

         Nisso passa um Ipanema taxiando rumo à pista.

 

         O Deoclécio, seu amigo Eraclide, mais o cusco Ventania desandaram numa carreira de assustar lebrão em lavoura de soja, querendo alcançar o índio do “avião da uréia”. Decerto saberia dar alguma informação sobre o tal de Curso.

 

         O piloto reconheceu o bombachudo e o infalível Ventania, cusco até   bem treinado, que não preocupava mais quanto a vir se meter na frente da hélice.

 

         O Deoclécio também  tinha lá sua experiência com esses “avião de lavoura” e até ajudava a carregar uréia, azevém e o que precisasse, por isso sabia que não se chega pela frente num avião com motor ligado.

 

         Mas o recém-conquistado amigo só entendia de lida de campo, pealar, curar bicheira, no máximo, aplicar vacina, essas coisas, além de borracheira de bolicho e permanências na zona.

 

         Quando o piloto parou na cabeceira, para o cheque de decolagem, o desinfeliz  veio correndo, bem no rumo da hélice.

 

         Ainda bem que o comandante teve uma baita presença de espírito, deu toda a manete, freou a roda oposta à da aproximação do maluco, o avião girou rapidamente e conseguiu abotoar um asaço na orelha que não levara relho, lá no bolicho.

 

         O Eraclide, esse era seu nome, desabou na grama, com as melenas encharcadas pelo sangue que saía da orelha atingida.

 

         Cortado o motor, todos foram socorrer o desmaiado. Um pouco de água nas ventas, que quase todo o piloto carrega uma garrafinha, e, de vereda, o índio arregalou uns olhos, como que não sabendo se estava vivo ou morto.

 

         - A la fresca, tchê! Eu devia era ter te dado um outro relhaço lá no bolicho. Se é cosa que se faça? Se meter bem na frente da héliz? Se o meu amigo não é ligero, agora tu tava virado era em guisado prá lingüiça. E acho que nem seria de proveito: ia saltá um monte de bosta dessa cabeça ...

 

         O Deoclécio soltou uma gaiatada daquelas ...

 

         O outro não sabia onde se enfiar de vergonha. O que lhe ocorreu foi:

 

         - Bueno, peço desculpa, mas o que eu queria era atacá o home, pra tu sabê essas coisa dos decumento. Vê no que deu ...

 

         O piloto indagou do Deoclécio:

 

         - Tu veio para encomendar algum serviço lá na granja?

 

         - Não, tchê. Eu vim pro Curso.

 

         Nunca passaria pela cabeça do experimentado aviador que um sujeito tipo o Deoclécio, grosso que nem pau de tronqueira, sem ao menos haver concluído o primário, viesse a sonhar com vôos. E o que fazer ou dizer, para não sensibilizar o homem? Não seria bobo de irritar o peão. A orelha do outro, mais a alça de mira dum Smith 38 que aparecia de leve  por baixo da aba do casaco eram suficientes para desencorajar qualquer discórdia ...

 

         - Ah, mas então tu vai ter que voltar depois das duas da tarde. A moça do Aeroclube foi à cidade, aos bancos, correio, etc.

 

         - Esperá eu espero, mas adonde consigo bóia? Saco vazio não pára de impé, diz o ditado.

 

         - Vamos combinar o seguinte: eu vou fazer uma área aqui perto e, dentro duns quarenta minutos estou de volta. Vocês me esperem lá na sombra.

 

         E se foi para a cabeceira, decolando de imediato, que não estava para esperar mais alguma aprontação.

 

 

         O Deoclécio ao ver o Ipanema em vôo, era um peão na doma, um tropeiro assobiando por um corredor, um homem com os olhos cravados nas ancas da Conceição, um gaúcho feliz e realizado.

 

         Já não sentia fome, não se irritava com a demora, os contratempos. Dali a pouquito não ia se matricular no Curso de Direção de Aparelho?

 

         Isso bastava.


Não perca o próximo "capítalo", na próxima semana ...

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Para Verem como o Lambe-Lambe pilotava ...


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domingo, 1 de janeiro de 2023

RESOLUÇÕES ...

 

                        RESOLUÇÕES DE ANO NOVO

                        Cumpri-las, ah, aí já são outros quinhentos ...

 

                        Pelo presente instrumento particular de Resoluções de Ano Novo, Vilsom Jair Barbosa, também conhecido pela alcunha de Barbosa "Lambe-Lambe", brasileiro, casado, vacinado contra a varicela e com licença para sair à noite, escrevinhador, retratista, às vezes rábula, metido a corredor, manicaca, etc. e tal, vem expor e declarar o que segue:

                        O firmatário assume o compromisso de retomar as escrevinhanças no "Blog do Barbosa Lambe-Lambe", onde pretende tratar dos assuntos relacionados com a aviação de uma forma mais leve e bem-humorada. A sistemática dos "postamentos" será semanal, não "mensual",  devendo ocorrer nos sábados (de Aleluia ...) ou não. Se não sair no sábado, sairá no domingo; se não sair no domingo, sairá no sábado ...

                        Os assuntos a serem abordados, debatidos, não bordados nem batidos, serão ou cerinha exclusivamente aeronáuticos. Mulheres peladas, bonitas ou feias, que vão procurar sua turma noutro blog. Claro que a gente gosta, mas tem milhares de locais para a gente olhar e "apreceiar" as riquezas naturais deste país tão rico e tão cheio de politiqueiros de meia tigela ... (Mas não era para envolver política ...)

                        Bueno, retornando, o foco central será avião, helicóptero, asa delta, pandorga, tudo o que avoe ... As histórias dos manicacas, suas trapalhadas, experiências, dicas de como evitar cagadas, cagadas não evitadas, enfim, aquilo que realmente interesse à comunidade que sabe porque os passarinhos cantam.

                        Acho que "temos" entendidos.

                        Ah, e voltará o famoso Deoclécio, o peão do Alegrete que começou como campeiro, domador, virou tratorista, depois piloto nas "12 Horas de Tarumã" e, finalmente, piloto autodidata que até com Ipanema andou voando.

                        Se a seca tá braba, a mulher não quer saber daquilo ..., os pilas andam curtos, esqueça disso por uns momentos e leia o Festival de Asneiras do "Barbosa Lambe-Lambe". Melhor assumir as bobagens do que falar e escrevê-las, achando que são escritos de fundamento ...

                        E um 2023 melhor do que 2022!

                        Também, pior, aí seria brabo ...

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Recuerdos



      Com este Netuno o "Lambe-Lambe" aprontou cada uma ... O Luques que o diga ...

        Aqui, o "Marimbondo" Caboclo, pousado num campinho improvisado na Chácara, aqui na Palma, perto da BR 287 - Encruzilhada da Mata.  Isso em 3 de abril de 1997. 

        Prestar atenção aos detalhes dos calços: canelas de uma vaca que morrera por mui magra, desnutrida, desiludidada da vida, mordida por cruzeira, sei lá...

        Na época não era eu o Chacareiro. Foi apenas uma visita. 

        A verdade é que perambulei pelos potreiros do Céu, com este Fusca Voador até Itapirubá, em Santa Catarina. E avoando ...

        Falando em Santa Catarina, no segundo dia de voo com ele, andei tendo uma repentina vontade de comer banana e pousei num bananal, lá em Tubarão ... Superaquecimento ...

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Bike Air do Fredi Wenzel Voando no Primeiro do Ano


https://youtube.com/shorts/ZgmHC5ImyWo?feature=share


   Mas que cara de assustado ?!  Testando a "Garça"?

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