quinta-feira, 23 de junho de 2011

Continuando com as "Lembranças de Guri"


Hoje, mais uma crônica do livrim que está na sua bilionésima edição e que pode ser adquirido, ainda, por apenas vinte pilas.
São quarenta e sete crônicas que valem os trocos investidos. Encomende pelo e-mail vilsombarbosa@terra.com.br  .
Enviaremos de ultraleve, paraglidder, pára-quedas, bicicleta, lambreta, caminhão ou de a cavalo.
Se o livro não chegar, o importante é que seu dinheiro já chegou e já foi gasto ...

Falando sério, o livro existe e pode ser comprado.
Dia de Finados

- Velha, arruma a vianda, que amanhã eu não venho almoçar. Vou pro cemitério e só volto à tardinha - falou o vô Donato.

- Na manhã seguinte, mal a Estrela D'Alva apontava, lá se ia ele, garboso nos seus oitenta anos, a trote, no Brilhante, rumo ao cemitério.

Ia fazer uma limpeza a capricho para esperar o dia de Finados. Trabalhava de Sol a Sol, incansável como um rapaz de vinte anos e, se não terminasse, voltava quantas vezes preciso. Só não deixava que o serviço fosse feito inteiramente por outros; consentia apenas que o ajudassem. Talvez quisesse dar o exemplo, pois sabia que sua hora não estava muito distante, esperando receber as mesmas deferências depois de se ter bandeado.

Ao ver tais preparativos eu ficava faceiro. Não que fosse voltado para assuntos de necrologia. Era só porque no dia de Finados podia andar de carreta até enjoar, atravessar a Restinga - meu divisor de mundos na época - e comer pitanga da boa.

Durante o ano todo minhas andanças não se restringiam à Invernada da Frente, ao Potreirão dos Fundos, jamais indo além da Restinga, mesmo quando ia botar as vacas? Nesse dia, com um pouco de sorte, podia até ser que cumprissem a promessa de me levarem à Fazenda Velha, lugar que excitava minha imaginação e que até hoje não conheço - nem vou conhecer, pois a local da tapera virou campo aberto, agora. Lá havia um butiazeiro, louco de carregado com umas frutas de fazer gosto. Apesar dos insistentes pedidos para que me levassem, o máximo que alcancei foi que o Gazi, um dos peões, um dia trouxesse uns quantos butiás bem amarelos, com gosto misterioso, vindos do inalcançável lugar.

Na véspera deitava cedo mas demorava a dormir. E torcia para que S. Pedro fosse bonzinho para com um piá expectante. Se chovesse, adeus passeio. Só no outro ano.

Se o tempo cooperava, logo depois do café uma junta de bois mansos - acho que o Caramelo e o Chatinho - era cangada. A Vó, alguma vizinha e as crianças subíamos, a carreta iniciando a viagem. Devagar, sem nenhuma pressa, que os defuntos não iriam fugir se o pessoal demorasse com as flores.

À aproximação da Restinga eram apelos, choros, súplicas, promessas:

- Ah, deixa eu descê. Não vô longe. Só pegá umas pitanga.

- Eu quero vê é se um bugio caga na mão e atira na tua cara! - falavam, conforme crença popular.

- Além do mais, diz que tem cobra por aqui.

Mas tanto teimávamos, que acabavam cedendo.

Nos íamos. Cada qual queria colher a maior pitanga, a mais madura, a mais doce, a mais vermelha. Na trepação de árvore sempre se aproveitava a feita para espiar as calcinhas e, com sorte, as sapinhas das gurias, elas também dando risinhos espremidos quando, pelo vão da calça curta, conseguiam ver algum pinto. Tempo para algo mais nunca deu. Como a carreta continuasse seu fúnebre caminho, dali a pouco alguém gritava:

- Vão imbora!

Do mato saía um bando alegre, com punhados de pitanga nas mãos, alguns com roupa manchada de vermelho e medo de apanhar.

Logo vinha um lagoão raso, atravessado lentamente, com todos embarcados para não haver molhação de roupa, iniciando-se depois a subida da coxilha do cemitério. Mais por folia, do que para dar folga aos bois a gente corria na frente.

Quando a carreta chegava com as mulheres, já estávamos empoleirados na cerca-de-pedra, dê-lhe comer pitanga de novo.

- Pára com isso! Tu não respeita nem os morto? Ainda por cima, o adubo dessas pitanga tão bonita é podridão de gente!

A mijada que nos davam era em surdina, pois não se fala alto em campo santo. E se a arte merecia surra, essa era substituída por fortes e silenciosos beliscões.

Enquanto os grandes se distraíam com suas flores e seus choros, sempre era possível o empanturramento com mais algumas pitangas, tanto mais gostosas quanto maior o beliscão recebido antes, como advertência:

- Se tu comê mais uma que seja, eu te arranco um pedaço.

E vinha um torcido, dos brabos.

As sombrinhas rumando para o portão indicavam que a visita havia terminado.

- Hoje vão na Fazenda Velha? Tá tão pertinho!

- Não dá. Tá tarde e o Sol muito quente. O ano que vem.

Pura mentira.

Até hoje não vi o butiazeiro encantado.


   Esta foto é de 2010, portanto, não do tempo de minhas excursões com as primas ...
Legenda:
1 - A ovelha "Norminha", guaxa que pensa que é cachorra... E a "Fera" cachorra que pensa que é cachorra.
2 - - Bem no alto, à direita, a famosa "Fazenda Velha", que agora é mato e campo.
3 - O mato, que corre na horizontal da foto é a famosa Restinga, com suas pitangas, bugios e outros encantos para a gurizada da época. Hoje, sempre que venho para pouso não tenho tempo de olhar as pitangas, nem de ser alvejado pela merda dos bugios ...
4 - Não aparece, mas bem no alto, à esquerda, a poucos metros do canto da foto, o cemitério onde a gente teimava em comer pitanga, os grandes teimavam em nos beliscar e os pobres defuntos ficavam esquecidos ...

* Tenho o privilégio de morar, trabalhar, voar, escrever e, uma vez por ano, ... na querência onde me criei,  fiz  arte e fui muito feliz.




sábado, 18 de junho de 2011

Sobre o ENU

   Se alguém da organização ou participante do ENU quiser mandar fotos, dicas e outras colaborações, podemos fazer do blog uma espécie de transmissão ao vivo dos acontecimentos.
   Encaminhem fotos e textos para vilsombarbosa@terra.com.br

O Maratonista e o Piloto





Acompanhando o Forum da ABUL, numa oportunidade, o Ceotto repetiu que não existe almoço grátis. Em outras palavras, tudo tem seu preço.

Ser piloto tem o preço em pilas e o preço em outras moedas.

Como estou com o espírito maratonista bem aguçado, por haver completado a minha 33a. Maratona há poucos dias, achei bom dar uma escrevinhada comparando piloto e maratonista, categorias a que tenho a honra e o orgulho de pertencer.

Ser piloto e maratonista é um privilégio e uma conquista de poucos.

Sobre ser piloto muito já escrevi neste bloguezinho. Sobre maratonas, pouco, mas vou dar uma misturada nas coisas, e acho que com fundamento.

Todo o piloto ou pretenso piloto que se meteu a voar sem preparo, acabou se dando mal. Para os afoitos, voar é a coisa mais simples do mundo. E já houve casos de loucos que, sem uma única aula, sem um único duplo quiseram se meter de pato a ganso. Infelizmente, num dos casos o preço foi altíssimo e não preciso esclarecer qual.

O maratonista que se meter a fazer os 42 km sem um mínimo de preparo, ou não terminará, ou terminará aos bagaços, com dores até na ponta dos cabelos, esgotamento total e, por cima, correndo o risco de sofrer um mal súbito, mesmo que seja guri novo. Um velhote de 58 anos que nem eu, então, se não tiver cuidado, está frito em pouca banha.

Mas como um e outro conseguirão o preparo?

Aí é que a porca torce o rabo.

O piloto terá que estudar um monte se quiser passar no exame teórico. A saúde deverá estar dentro dos conformes. Depois vem a instrução prática e aí é que se vê quem tem vocação ou está no meio só de curioso. O corredor vai ter que ler um pouco, também. No mínimo conseguir informações com veteranos, que sabem o caminho da roça. Na parte prática é que vem a problemática: sair a correr sozinho, horas e horas, dia após dia, com sol ou chuva, com frio ou calor, com boa disposição ou num bruto cansaço, requer uma disciplina e uma força de vontade medonha. Maratonista é um cabeça-dura, não duvide. Se encasquetar em fazer algo, favor sair da frente, que o sujeitinho só vai se acomodar depois de conseguir, não importando as dificuldades. Isto porque somente um teimoso conseguirá completar uma planilha de treinos para uma prova de 42 km. E planilha com menos de 700 km, nem pensar.

Tem piloto que, para não levantar cedo, só quer chegar no aeroclube depois do meio-dia, fazer um voozinho na hora mais turbulenta e depois ir embora. Ora, voar com térmicas, ventos e quetais até ajudam, mas depois de um certo patamar de preparo, nunca no início, quando se precisa avaliar a ação progressiva dos comandos e a reação da aeronave. Com uma térmica dando um pataço numa das asas, o novato nunca saberá se a asa subiu porque o dito deu um pouco de aileron ou se houve alguma ação miraculosa ...

E faço um dos meus milhares de parênteses:

Estava este manicaca no estágio que vai do primeiro vôo solo à confirmação do dito.

Vôo, outro vôo, mais outro, ad perpetuam, como diriam os meus colegas causídicos, e nada dos instrutores confirmarem o solo.

Até que um aluno, mais antigo do que eu me chamou num canto.

- Barbosa, tu não tá vendo que eles querem é ver tu gastar um monte com horas e nunca vão te dar a dica sobre como evitar o desperdício de dinheiro. É claro que voando nas horas turbulentas, quando até eles sofrem para pôr o tequinho no chão, eles não vão se arriscar a te largar num solo, e com razão. Bem que podes fazer uma cacaca.

E acrescentou:

- Pelo que eu vejo, tu estás voando bem. Num horário sem turbulências, com certeza podes sair a voar solo sem nenhum risco. Então, enquanto não confirmar o solo, só marca vôo no início da manhã ou à tardinha.

"Tiro dado e jacu deitado." No primeiro dia calmo em que voei, confirmado o solo, mas lá se tinham ido quase oito horas e respectivos pilas. E com isso dá para ver que fui um aluno queixo duro, dos que demoram a aprender as coisas... Ainda bem que quando aprendo, dificilmente esqueço.

Retomando o fio da meada, tanto um maratonista, quanto um piloto precisam abrir mão de certas coisas, se quiserem obter algum sucesso nas corridas e nos vôos. Lembrando que, se um maratonista planejar mal uma prova e "quebrar" no meio, o máximo que acontecerá é ter que voltar para casa de táxi. Já um piloto ... Então, esse tem que ter muito mais dedicação, perseverança e força-de-vontade para estar sempre aprendendo e evoluindo.

Um corredor que queira viver nas baladas estará virado num chapéu velho no dia seguinte. O piloto, além do cansaço, vai estar com o psicológico também meio esgualepado. Ainda mais se foi dormir em branco ...

Quanto a ser "louco", nas duas categorias, só poder dar merda.

O maratonista louco vai forçar a barra nos treinos, arrumando uma lesão muscular, um esgotamento e, até, as famosas fraturas por estresse. O piloto louco, vai impressionar os loucos sem coragem, nunca os corajosos sem loucura, mas, mesmo que tenha nascido com a quina virada para a Lua, um dia vai lenhar o avião e, se o anjo-da-guarda estiver cansado ...

Resumindo, até porque fui fazer um treininho - corri quase uma hora depois de haver relaxado por umas semanas, após a Maratona de Porto Alegre - e estou cansado, nem um, nem outro chegarão a algum lugar se quiserem levar a coisa na flauta, na moleza, na sombra-e-água-fresca.

Disciplina, perseverança, força-de-vontade e caldo-de-galinha não fazem mal a maratonistas, a pilotos ou a quem quer que seja que leia este escrevinhador preguiçoso, desorganizado, que não tem ânimo nem para concluir dentro dos conformes um artigo que começou ...

E mais não escrevo porque não sei!

Bons vôos aos meus cinco leitores!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Consultoria



"Publicidade"?

Acabamos de terminar ... (sic) (hi, ih, hic ...) (conforme os apresentadores da Globo) a abertura de nova empresa de consultoria. Trata-se da Balocci e Beoccio (coligada das organizações Lambe-Lambe), empresa especializada em descobrir o caminho das índias (com minúscula, mesmo), o carreiro das formigas, o jeito de chegar lá, essas coisas.

Trata-se de empresa totalmente desvinculada do mundo político. Apenas facilitamos onde nossos amigos antes criaram dificuldades.

Também não cobramos honorários exorbitantes. Aceitamos contribuições módicas, tipo cobertura de seis milhões e dez centavos, iates, ultraleves a jato, helicópteros experimentais Jet Ranger, Esquilo, etc.

Nossas relações com o poder são pudorosas. Por isso não podemos podar a vontade da maioria, que deseja que os representantes do povo vivam como todo o povo sonha em viver, isto é, no fausto e esplendor ...

Se a imprensa tendenciosa fala mal de nossa empresa é por absoluta falta de notícias. Pena que o Brasil não tenha um inimigo número 1, apesar dos inúmeros inimigos internos que cruzam certos corredores do Planalto Central, zona do cerrado, e que, se presos, fogem com serra nas grades ...

Nossos sócios são pessoas do mundo dos negócios, um é médico-veterinário, acostumado a tratar com burros, portanto. Outro foi dentista Por isso sabe lidar com a dor alheia, quando os pilas somem.

Aos pilotos em dificuldades para documentar suas aeronaves, comprar suas aeronaves, multiplicar suas aeronaves, prestamos serviços indispensáveis (isto é, se não formos contratados, seu processo será encaminhado ao Triângulo das Bermudas) e, facilitamos facilidades difíceis de encontrar no conturbado mundo das consultorias, entidades que te ensinam a fazer o que não sabem e de que não tens a mínima necessidade.

Se, porventura formos pegos com a mão-na-massa ou a boca-na-botija, garantimos que morremos, mas não entregamos o ouro para o bandido. Nossas cláusulas de confidencialidade são confidenciais, mesmo. Nem que a vaca tussa, soltamos a língua presa (ops).
Ninguém ficará sabendo quem doou, contribuiu, depositou, entregou carrão, patrocinou festas de arromba e o sigilo de nossos contratantes jamais será quebrado, a menos que seja caseiro do Piauí ...

Caso a pressão, a opressão, a impressão, a opinião, tudo se junte e nos cerque te forma irresistível, e o processo de fritura seja inexorável, renunciaremos ao cargo de sócio da empresa, sairemos de mansinho, com o peito estufado de orgulho pela certeza dos inestimáveis serviços prestados. E o bolso também...

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sinuca de Bico




Bueno, já lhes contei o causo vivido por mim próprio, com a pane do 15 BIS, aviãozinho louco de especial que foi obrigado a pousar numa lavoura de melancia, por causa de um superaquecimento. Tal superaquecimento ocorreu porque a anta aqui inventou de voar no dia mais quente do ano, na hora mais quente do dia ...

Quem procura, acha ...

Um motorzinho Volkswagen 1600 original, com um único carburador 32 mm, puxando um aviãozinho num calor de 39, 40 graus, só pode superaquecer.

O coitado do 15 Bis ficou todo guenzo com o pouso desajeitado e teve que ser refeito pelo Gilnei Jardim, seu feliz novo proprietário.

Depois deste episódio, que já não foi o primeiro com superaquecimento, pois pousei numas bananeiras no segundo dia do meu primeiro ultraleve, o Netuno Marimbondo, fiquei meio escaldado com o calor e procuro não voar em dias quentes.

Acontece que, paradoxalmente, também enfrento temperaturas de lascar o cano ou de renguear cusco, como fala o Deoclécio, porque moro no Rio Grande do Sul, lugar de índio macho, de não se assustar com temperaturas abaixo de zero.

Dia desses tive que dar uma voadinha e o dia estava frio para mais de metro. Além do frio, o vento de superfície estava forte. Alternativa: subir para livram-me das turbulências orográficas.

Fui subindo, subindo, de olho nos instrumentos, para ver se a temperatura do óleo, cabeça dos cilindros, água, etc., não caía muito. Nos instrumentos não apareceram grandes anormalidades, mas mesmo assim, fiquei com todos os sentidos em alerta.

Afinal, decolara com uns 7 graus na superfície, estava a quase 3000 pés, o limite do vôo visual e, pelos meus cálculos friamente feitos (desculpando o trocadilho), diminuindo 2 graus a cada mil pés, lá em cima estávamos beirando o zero. Zero somado aos 140 km de velocidade é uma combinação meio bastante convidativa para um congelamento de carburador...

O Kitfox é um baita dum aviãozinho, mas não sei porque não vem com mufla de aquecimento do ar para a admissão. É projeto americano, lugar de muito frio, montado no Brasil pela falecida COAER, excelente montadora de Curitiba, lugar frio, também.

E prosseguia o vôo. Mesmo estando alto, a turbulência ainda me pegava, pois o vento era duns 45/50 km/h. Resolvi subir mais um pouco.

Dei manete com suavidade, não subi agressivamente, justamente para não aumentar muito o fluxo de ar gelado na admissão.

Fui levando, levando.

Eis, senão quando o motor dá uma tossida.

O piloto deu uma peidada, aguardando o pior ...

Agüentei no osso, fingindo que nada acontecera, esperando que a co-pilota Sandra não tivesse notado nada ou não se desse conta do que houvera.

Mas já estava com o campinho de azevém escolhido para o pouso.

Parei com a subida, enfrentei a turbulência e voei mais uns 50 minutos com o coração na boca e o terminal aquele cortando prego ...

Pousamos com um ventão, mas, felizmente, na cidade em que estávamos chegando, Itaqui, que fica bem na fronteira com a Argentina, tem umas seis empresas de aviação agrícola com pistas nas mais variadas direções.

Havia combinado pousar na Garça Aviação, mas fui parar na Passamani & Reis, que tinha a pista com o vento bem aproado e chegamos inteiros, apesar da princípio de resfriado do Rotax 912 ...

Eu, que achara que a co-pilota nem se dera conta, depois do vôo descobri que ela também ouvira a tossida e não me falara nada, para não me assustar ...

Legítima sinuca de bico! No verão o motor derrete, no inverno o carburador entope com gelo.

Para não ficar muito tempo sem voar, estou pensando em comprar um pala ou poncho para pôr no Kitfox.


Aqui, decolando, ainda sem poncho ...

Convite do Fernando Velho Costa

   O cmte. Fernando Velho Costa está inaugurando a nova sede social de sua pista  agora, sábado, dia 11, no Sítio de Vôo Aldeia dos Anjos.
    Esperamos que muitos de nós possamos tomar umas geladinhas e bater um papo amigo lá, a exemplo do que a gente fazia na "sede velha".
    Parabéns e um baita abraço com votos de muitos vôos e muita convivência com os amigos.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Setenta Anos do Aeroclube de Cachoeira do Sul

Graças à grande eficiência da Vivo 3 G, não consegui publicar as fotos no devido tempo. Agora, atrasado que nem bola de porco, vim a uma Lan House e consegui baixar as fotos. Peço desculpas, em nome da Vivo, que sempre cai ou nem conecta, aos amigos de Cachoeira.

Leonardo no RV-4
 À esquerda o Adriano e à direita o Leonardo.
A turma curtindo a festa.

Mais fotos de S. Gabriel

Este aviãozinho é apelidado de "Bin Laden". É meio esquisito mesmo.  Até parece que o projetista tinha tomado umas cangebrinas e, depois de finalizado o projeto, descobriu que esquecera o profundor. Solução, adicionou o dito ...

Dia calmo, ventinho suave, céu azul. Tudo colaborou para o sucesso da festa na Terra dos Marechais.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

PODEROSA ORAÇÃO PARA SAIR DO SUFOCO



PODEROSA ORAÇÃO PARA SAIR DO SUFOCO

Se você não agüenta mais o sufoco com as despesas de hangar, RIAM, exames de saúde, taxas, AVGAS, manutenção, enfim, todas aqueles gastos que tiram o sono dos pilotos, seus problemas acabaram.

Agora você poderá multiplicar seu salário, lucro, avião, imóvel, etc. etc. pelo número que quiser.

Basta tornar-se devoto de S. Judas Balotti, o santo que multiplica por vinte o seu patrimônio em menos de um ano!

O próprio Santo, quando na Terra, conseguiu este milagre com seus escassos caraminguados ... Imagine o que ele não será capaz de fazer, agora que está no Céu da Bananília, comungando com a Santa Dinah da Rússia.

Mas o Santo faz algumas exigências:

1 - Você deve ter a língua presa:

2 - Você já deve ter se envolvido em alguma falcatrua;

3 - Tem que filiar-se a algum partido de esquerda, extrema esquerda, meia-esquerda ou ponta-esquerda ...;

4 - Ajuda ser amigo de algum ex-presidente barbudo, que "joga" futebol e bebe com moderação, conforme determina o Min. da Saúde ...;

5 - Se tiver alguma experiência com mês, mesa, mesinha, mensal, mensalão, mensalinho, sua bênção milagrosa fica garantida, mediante 10% para a caixinha do Santo.

6 - Não pode politizar a multiplicação ...

7 - Tem que suportar a blindagem do saco sem reclamar.

MULTIPLICAÇÃO DE SEUS MIJADOS POR VINTE, DUZENTAS, DUAS MIL VEZES, DEPENDENDO DE SEU CACIFE JUNTO ÀS ENTIDADES CELESTIAIS, TOTALMENTE GARANTIDA OU SEU DINHEIRO RETIDO NO CÉU!!!!!!!!!! Quando você chegar lá e se chegar, receberá de volta com multa, correção, juros, etc.

A seguir a oração, que você deve fazer todos os dias, às 11 da manhã, que é horário de funcionário público, para já pegar o Santo acordado e de bom-humor:

"São Ballotti:

Vós que já chegastes aos Céus da Bananília, que conheceis o caminho da roça, que tendes contato com a Poderosa, que conseguistes aqui na Terra o incomparável milagre de multiplicar as doações feitas em agradecimento de fiéis por dez graças alcançadas, lembrai-vos de mim, humilde piloto de ultraleve basiquinho, que desejo ardentemente (opa) um RV9, quem sabe até um homologado, e concedei a suprema graça de multiplicar meu patrimoniozinho por cinco (não precisa vinte, embora não seja contra) e com ele conseguirei, finalmente, voar sem preocupação com os pilas. Prometo devolver vinte por cento do novo patrimônio e, antecipadamente, rogo que continueis multiplicando, multiplicando, que prosseguirei devolvendo, devolvendo."

Rezar com fé, todos os dias antes de voar, com uma vela de sete dias enfiada no castiçal.

Se o seu patrimônio não vinteplicar-se, azar o seu. Quem mandou não ser filiado à Santíssima Irmandade dos Multiplicadores Milagreiros. Talvez possa ser aceito no convento da Irmandade dos Pilotos Descamisados, Desasados, Descalços, Funchados e Mal-Pagos ...

Ah, se a reza der certo, dez por cento para o Lambe-Lambe!