sábado, 31 de março de 2012

Mais Fotos de Passeios pela Fronteira

A simpática Barra do Quaraí, à esquerda e, à direita do rio, República Oriental do Uruguai

Terminaram com os trens no Brasil. Esses trilhos iam para o Uruguai. Lá não sei se também fizeram esta barbaridade. Lado de cá, Barra do Quaraí. No final do túnel - Bella Union - Uruguai.

Em São Borja já existe uma turma sendo preparada para mascote de Aeroclube ...

Vindo prum pouso nos contentos, na terra do Jango e do Getúlio. Eleger dois presidentes, não é para qualquer cidade. Só São Borja.

Longa ponte sobre o rio Ibicuí, a uns dois km da confluência com o rio Uruguai. Construída l´pela decada de 50, 60, acho eu. Tem uma via só. Quando o Lambe-Lambe era criança, passou por aqui na base da barca...

Ainda era das que tem estrutura de ferro.

Aquidá para ver direitinho o tipo de construção.

Sobrevoando o rio Uruguai, com belas praias desconhecidas e, dizem, cheia de marginália naqueles matos. Por isso ninguém curte... A floresta verde faz parte duma ilha, a mata azulada, já é do outro lado do rio, na Arentina.

Andando pela Fronteira

O velho e imponente rio Uruguai, fotografado pela "co-pila" Sandra

Em S. Borja, o ventão levou a biruta, mas a pomba sabe de onde vêm os ventos ...

Lambe-Lambe, baixinho, empoleirado no pneu do Kitfox, apoiado pelos amigos Laerte (abastecendo) e Chico (fiscalizando), gente que nunca me deixou mal na terra dos Presidentes (Getúlio e Jango).

O Laerte, além de excelente mecânico, também pilota e não foge dum voozinho. Ele em primeiro plano e o blogueiro ao fundo, pronto para encararem as térmicas. Sacudimos tanto que afrouxei até as unhas e os documentos do avião.

sábado, 24 de março de 2012

Não Tá Morto Quem Peleia



Quando este manicaca era menor do que é, já gostava de ler e lia o que era possível conseguir, pois naquele tempo, morando na campanha, acesso a biblioteca, essas coisas, nem pensar.

Assim, quando algum parente chegava de viagem e deixava um jornal, uma "Cruzeiro" ou "Manchete", mesmo antigos, era uma festa. Também gostava da "Seleções", com suas histórias, Fatos da Vida Real, etc.

Impressionava-me o fato de os povoeiros lerem o jornal e o descartarem, em vez de guardarem numa prateleira, armário, sei lá. Para mim, aquilo cheirava a sacrilégio. Ora, se naquele papel estavam impressas letras e textos, era porque tinham algum valor e interesse. Assim, ler e jogar fora, inclusive para fins menos nobres como substituir a carqueja e o sabugo, só podia ser um baita pecado.

Lembro que ficava horas e hora na "patente", não nas famosas lutas de cinco contra um, mas lendo jornais velhos, que ali substituíam o papel higiênico, e os substitutivos gaudérios já citados, nem que fossem anúncios de tarecos já vendidos. O importante era ler, mesmo num ambiente, digamos, nem tão perfumado assim.

Pois numa das leitura de Seleções, impressionou-me a história dum piloto que enfrentou barra pesadíssima em voo - pane, tormenta - não lembro mais. Mas que sentiu o cutuco de verdade.

Contava ele que, sentindo a morte quase certa, não entregou os pontos e lutou até o final, "felizmente" feliz.

Em minha cabeça de guri não entrava a ideia de que alguém, vendo que ia morrer, continuasse fazendo coisas, buscando alternativas, raciocinando, enfim, não cristalizando. Para mim, perigo de morte era perigo de morte e não havia homem no mundo que tivesse o topete de enfrentá-lo com calma, mantendo o raciocínio, tomando decisões, agindo. Aquilo não passava de ficção, gabolice que a pessoa queria nos impingir como acontecimento real.

Vejam como são as coisas: passaram-se os tempos, enfrentei perigos em terra, virei piloto e andei levando cada cagaço, que vou lhes contar...

Pois não é que acabei conseguindo agir, nas minhas seis panes, incluindo duas de decolagem, meio parecido com aquelas histórias que lia...

Será que ficou lá no inconsciente, a mensagem: não tá morto quem peleia?

E não estou mentindo: teve uma pane em que, por teimoso, fui ser piloto de teste do "Três-por-Um", um avião construído por alguém que nunca foi piloto, nunca foi mecânico aeronáutico e que bolou o próprio projeto.

Todos esperavam cacaca, menos o construtor e o "piloco" Barbosa.

O piloco e o construtor perderam para todos ...

Na decolagem apagou-se aquele negócio que movimenta o ventilador de piloto (porque toda a vez que a hélice para, a gente sua ...).

Acreditem ou não: eu comecei a rir (até podia ser de nervoso). Ria e me xingava: "Bem-feito! Quem mandou não ouvir os conselhos para não voar nessa encrenca! Agora quero ver como vais te sair com o pouso nessas canas aí na frente ..."

E ria. Talvez o famoso couro curto do japonês ... Abria a boca em cima, porque embaixo cortava prego ...

Rindo de nervoso ou não, levei a craca a um pouso numa lavoura de arroz, em vez das canas, somente quebrando a triquilha e lascando a hélice. Infelizmente, quando o avião é dos outros eu preservo e os meus eu detono ...

Tive outras situações em que achei chegada a hora de ir prosear e tomar mate com o São Pedro. Sentindo a pua, mantive a calma e fiz o que era certo, felizmente, dando certo.

Estou pensando em alterar a lei de Murphy, onde "se pode dar errado, vai dar errado".

Declaro estabelecida a Lei do Barbosa "Lambe-Lambe":

Art. 1º - Se pode dar certo, vai dar certo.

Art. 2º - A lei de Murphy sempre será aplicada subsidiariamente, nos casos em que não se possa aplicar o art. 1º.

Esta Lei entrará em vigor imediatamente após sua publicação no blog.
Revogam-se as disposições em contrário, a favor ou indiferentes.

Gabinete dum piloto que não tem coisa melhor a fazer, 19 de março de 2012.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Mais uma Passeada

Nessas andanças de piloto, a gente tem o prazer de formar novas amizades. Doutra feita, quando andei por Uruguaiana, fui muito bem recebido e apoiado pela turma da VOAR, empresa aeroagrícola. Para não ficar torrando o saco dum mesmo gaúcho, dessa vez pedi guarida ao Luís Fernando, da Aeroagrícola Pampeana. O índio, além de dar hangaragem ao Kitfox, colocou à disposição o alojamento, pois deve saber que troco de fotógrafo é que nem bombacha de guri, sempre curto ... Além de hangar e hospedagem não descansou enquanto não me fez tomar uma geladinha e comer uma costela de novilho macia uma barbaridade. Isso tudo em dose dupla, pois a copila Sandra estava junto. Foi uma excelente noite de sábado e um domingo melhor ainda, que só não foi perfeito por causa do ventão de até 55 km que me deixou plantado no chão pela manhã e, à tarde, quando acalmou, já não dava tempo de eu voltar para as casas, para azar do anfitrião ...

O Fernando, além de gostar de avião, como todo verdadeiro gaúcho gosta de bicho. Participa seguidamente de cavalgadas e tem alguns excelentes cavalos nos piquetes ao lado da pista de taxi. Cachorro, então, tem em quantia ... Como também sou cachorreiro, foi mais uma afinidade, e o papo não terminava. Uma hora era avião, outra, bichos e o domingo passou de vereda. Como tivemos que voltar de ônibus, preocupado com nossa chegada à Chácara, lá pelas 3 da manhã, na escuridão, foi à Rodoviária nos levar lanterna, pois no escuro, mesmo com GPS a gente ia se dar mal. Ainda se tivesse um cavalo de bêbado para nos guiar ... 
Luís Fernando e Leila, muito obrigado pela acolhida e o rancho aqui é de vocês. Nem precisam esperar o Mocotó, em Agosto.

sábado, 3 de março de 2012

Andanças

 Tive o prazer de visitar, na mesma semana duas cidades e dois Aeroclubes. Procurei aproveitar a andança para fazer novas amizades e ganhar mais cultura aeronáutica. A velha história: uma hora de hangar deveria valer por 0.3 hora voada ...


Osório, a Terra dos Bons Ventos, no RS, produzindo energia limpa só com a força do Nordestão ...



A gente aumenta a cultura aeronáutica, ou não?


Em que lugar o chopp pode ocupar de tanto destaque? 

Terra de Alemão, é claro ...



Mas alemão é sujeito muito organizado, assim, uma vez ... Galeria dos aviões que pertenceram ou pertencem ao Aeroclube.



Olhem só como eram os antigos planadores ...
   Lá em Joinville fui muito bem recebido pelo Sr. Arthur e pelo Jorge, que faz parte dum Clubinho de aerodesporto, possuindo entre oito sócios um excelente avião, o Pelican da foto.