quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Falta de Relho


Não "hay" gaúcho covarde,
Que se entregue sem peleia.
Se a "cosa" se pára feia,
Se o talho é grande e se arde,
Meio quieto, sem alarde,
O taura segue seu trote.
Mesmo que o sangue brote,
Segue tranqüila a viagem,
Com sangue-frio e coragem,
Calcula a hora do bote.

Que o gaúcho não leva
Pra casa algum desaforo,
É dito a que se faz coro.
E se algum índio maleva,
Da noite aproveita a treva,
Para sujeira aprontar
E a guaiaca rechear,
Mesmo na escuridão
Há de encontrar um peão
Prá canalhice parar.


 
Os campos de aviação,
Há muito tempo surgidos,
Hoje estão sendo engolidos
Pela especulação.
Hay plata, muita ambição,
Canalhice, falcatrua.
Esta é a verdade crua:
Gente que ganha pila,
Se outro direito aniquila,
Não envermelha nem sua.

Lá pras bandas do Nordeste
Um prefeito apareceu,
Noite escura que nem breu,
Num proceder cafajeste,
Feito um Bicho-da-Peste,
Se achando o maioral,
Era o enviado do Mal,
Para destruir a pista,
Mas não prá baixar a crista
Da grande Andressa Amaral.

Se fosse gaúcha a prenda
Não seria mais valente.
E este tipo de gente,
Que nunca se encontra à venda,
Faz com que se reacenda
Em nós ainda a esperança:
Gente que não se cansa;
Dom Quixote em seu caminho;
A corrupção é o moinho
A destruir com sua lança.

Fico meio envergonhado,
Não pelo tal de prefeito
De João Pessoa , em seu jeito
Muito mal-intencionado.
Mas, segundo informado,
Muita gente reclamou
Fez barulho, esperneou.
Mas, na hora da precisão,
Ficamos só na intenção,
Somente a Andressa encarou.

Se o prefeito destruiu,
Patrimônio da União,
É porque tinha na mão
Trunfo que só ele viu.
Mas a Justiça reviu
A ordem e o meu conselho:
A quem voa de "aparelho",
Com ou sem liminar,
É o de se  aplicar,
No maula, surra de relho ...!!!

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