"Até o tolo, quando se
cala é tido por sábio." Salomão
Ainda sobre o caso triste de Minas
Gerais, já falei sobre a irresponsabilidade criminosa da grande mídia,
explorando até a última gota de lágrima, até o último suspiro de dor dos familiares, amigos e fãs dos que
perderam a vida naquela fatalidade.
Mas não só a grande mídia como corporação, individualmente também há pessoas capazes de darem metade da vida para aparecerem, nem que
seja para falar cacaca.
E, parece-me
este é o caso deste tal de Lito, que nalgumas vezes até falou coisa com
fundamento.
Só que agora
me aparece com uns dados estapafúrdios de comparação entre "aviação
particular, não regular ..." e aviação regular.
Vamos por
partes, como diria o esquartejador:
"Primeiramentes",
no saber de sua Excelência, o Supremo Conhecedor da Aviação, o que V.
Excrescência entende por aviação particular não regular?
"Segundamentes"
o que Vossa Suprema Burrice, entende por aviação regular?
"Terceiramentes",
se falou em
aviação particular (essa mesma irregular, que não cuida de seus aviões, o "supositório" lógico é que a aviação que
quase não sofre acidentes (18.000% a menos) é pública.
Continuando: pelo seu brilhante raciocíncio, aviação
pública é a não particular. Assim, apenas os aviões da FAB, do governo
federal, estadual e municipal seriam os que recebem manutenção adequada...
Depois que sua Excelsa Inteligência
conseguir nos mostrar o que é uma e
outra destas novas categorias de aviação, nos mostre quantos aviões estão na
irregular e quantos estão na regular ...
Bem, quer
parecer a este humilde escrevinhador que aviação irregular, como o nome diz, é
a aviação clandestina, sem registros e controles. Avião irregular, não vai
procurar a ANAC e registrar os acidentes e incidentes que possam acontecer. Se
seus acidentes e incidentes não são registrados, qual a mágica aplicável para
se conseguir dados confiáveis para comparar acidentes com aviões regulares e os irregulares?
Quartamentes,
insinuar que avião particular (partindo do pressuposto que avião particular
seja o que não presta serviços a terceiros) não tem uma boa manutenção, assim,
generalizando é uma imbecilidade e atestado de QI baixíssimo, que dá vontade de
rir para não chorar. Vamos pegar o caso do dono da Havan, por exemplo, que
comprou um jato particular que vale
uma fortuna. Além do avião valer uma fortuna, achas tu, oh Supremo Conhecedor
de Tudo em Aviação, que o sujeito, ambicioso como é, com sua empresa abrindo
uma ou duas lojas por dia, vai querer jogar tudo no lixo, especialmente sua
promissora vida, para economizar trocados em revisão?
Se eu não
sou tão inteligente e supremo conhecedor quanto
Vossa Estultície, ficou mais ou menos implícito que aviação regular, não
particular seria a aviação das "linhas aéreas regulares".
Se formos
pegar os acidentes conhecidos, os únicos que podem aparecer nas estatísticas
(pois a irregular escamoteia seus dados por lógica pura e simples),
possivelmente teremos mais acidentes com aviões da chamada aviação geral (que
não faz linhas aéreas regulares - a grosso modo) do que acidentes com os aviões
de linha aérea.
Mas, para
cada avião de linha aérea, quantos "particulares irregulares"
existem? Não falaste nisso por distração ou má intenção? E onde estão os tais
dados que estudaste? Só sua Excelsa Sapiência os pode acessar?
Por ter mais
aeronaves em voo, lógico que o número de
acidentes com a aviação geral seja maior, mas, evidentemente nunca chegaria aos
estratosféricos 18.000%.
Oh, sabidão,
vou citar Disraeli, que sempre dizia: "existem três tipos de mentira - a
comum, a deslavada e a estatística".
Pois
bem, ainda pode piorar. A mentira da
estatística burra e mal-intencionada.
Que, parece,
é o caso.
Já que
defendes com tanto ardor a aviação regular (que não sei exatamente qual é, no
teu ponto de vista) mas supunhetando que seja a das linhas aéreas regulares,
não quiseste comparar o número de mortes que uma e outra causa. Estranho, não?
Ou seria: lógico, sim?
Cada avião
da tua "regular" que cai leva consigo mais de uma centena de pessoas.
Ah, e não me
venhas com chorumelas de que sou um desconhecido, um pilotinho privado, com
apenas umas seis mil horas de voo em aviões particulares, irregulares essas
coisas.
Sou-lho e
com orgulho e isso aos sessenta e nove anos.
O orgulho de
dizer que já enfrentei oito pousos fora, em aviões irregulares e particulares e
saí ileso de todos. Será que na aviação "regular" eu teria tamanha
"sorte"? Será que um pouso fora com um Boeing vai ter tantas
possibilidades de sair todo o mundo inteiro?
Já falei e
repito, quem realmente é um ás como piloto, não fica tentando aparecer a
qualquer custo e fazendo declarações espetaculosas, as quais somente servem para afastar muita gente boa da maravilhosa
arte de voar.
Quando for
falar em aviação, mostra primeiro o teu currículo como piloto, a tua
experiência de cabine em aviões regulares, porque particulares e irregulares
não valem para um piloto em tão elevado
nível.
Ah, e mostra
os dados que levaram ao miraculoso cálculo dos 18.000 %.
Enquanto não
conseguires responder bem a estas e tantas outras perguntas que tuas
declarações de bocó-de-argola nos trazem à mente, que tal, no dizer
"sábio" do piloto Nelson Piquet sobre o "grande jornalista"
Galvão Bueno:
- Por que
não para de cagar pela boca?
E mais não
digo porque eu falo besteira e assumo, mas não fico querendo falar bosta
travestida de conhecimento.
Mas que
barbaridade!!! Até eu gostei ...
Defesa perfeita. 👏👏👏
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