domingo, 23 de fevereiro de 2014

Fernando Velho Costa Está Voando Mais Alto

Aviação Leve Gaúcha Nunca Mais Será a Mesma. Fernando Velho Costa Foi Voar Lá em Cima.
   Há anos que ele lutava contra um câncer, mas, poucos sabiam, pois não era de ficar se lamuriando pelos cantos.
    Curtia a vida, a aviação, especialmente, com alegria e não deixando que a sombra da ceifeira atrapalhasse sua ânsia de viver.
    Tentarei conseguir fotos e mais material sobre ele.
     Nossas condolências à Pierina, fiel companheira, que encarava os voos sempre ao lado dele. Um dos raros casos em que a esposa realmente participa da aviação.
    Condolências também à filha Fernanda e aos demais familiares.
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   Como homenagem, republico uma postagem de uns três anos atrás, quando o Fernando já lutava com sua doença, mas lutava com ânimo, coragem e alegria, que só uma pessoa que tem aviação no sangue consegue manter.
   Lá pelo céu há de haver RV com um distintivo do Inter!
Conforme amplamente divulgado pela imprensa gaúcha, nacional e internacional, o grande manicaca "Lambe-Lambe" e seu Kitfox estão, ambos, isto mesmo, ambos os dois, hangarados no Sítio de Voo Aldeia dos Anjos, do comandante Fernando Velho (mas não tanto) Costa. Estando na volta, como diz o Deoclécio,  presencia alguns acontecimentos, fatos, atitudes, demonstrações e que lá m ais sei eu, dignas de registro nos anais (epa) ...
Notem a posição da biruta, cheia de vento, e o RV do Costa na cabeceira. Isto quer dizer que o ventão é de rabo, e forte. Menos mal que o campo de aviação dele é a descer, mas, maior mal, depois da descida, a uns 400 m temos uma baita rede de alta tensão ...



Agora atentem para o detalhe das "arve se acrocando", por causa da força do ventão. 


Claro que havia momentos em que o Lestão dava uma "mermada", mas mesmo assim continuava forte e nada garantia que não viria uma rajada de arrancar crina de petiço.
Assim mesmo o índio, com o RV "full tanque", sim eu sei dez palavras de inglês, mais a copila Pierina e as bagagens para o passeio de fim-de-ano, encarou.
Largou-se lançante abaixo e foi para o abraço. Como se vê o avião decolou, mas, logo após, para evitar a rede, tinha que curvar à esquerda e pegar a sombra dum mato de eucaliptos - rotor para mais de metro. O valente RV chacoalhou tanto, que, se levasse leite numa garrafa, chegava em Osório com manteiga já batida ...
Mas gaúcho é gaúcho e não se entrega assim no mais. O motorista do RV fez tudo dentro do Manual dos Escoteiros Mirins e, de vereda, estava já aproado com o vento, em altitude, situação dominada e rindo de nossa cara ...
Mandou-se a la cria, pras bandas dessas praias de água salobra, para o final de semana e de ano. Só que o São Pedro não gostou do desafio e vingou-se mandando água durante todo o reveillon ...
Mas, decolar numa situação dessas, é, ou não, primeiro, para quem sabe o caminho das formigas (conhece o "aparelho" e suas reais aptidões), segundo, para quem tem "aquilo roxo", como dizia um certo presidente?
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Prossigo minha homenagem ao amigo FERNANDO VELHO COSTA

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Fernando Velho Costa, o aproveitador (no bom sentido) ...

O Fernando Velho Costa é uma das pessoas que mais curte o avião que tem. É um tal de festa aqui, encontro ali e, quando não tem festa, se manda para Ibiraquera, em Santa Catarina. Certo ele. Avião é feito para voar e investir num brinquedo caro só para olhar, não tem graça. Aqui ele e a Pierina, decolando para Ibiraquera.


Agora o homem tá voltando.
O pouso aqui exige atenção e cuidado. É passar a rede (pertinho ...) , fazer tudo certo e

pousar manteiguinha, com categoria. Obs. Não tente fazer este pouso se não visitou a pista terrestremente e fez uma completa avaliação de como aproximar, velocidades, etc. Isto é coisa para quem tem intimidade com o local, ventos, obstáculos, como o Costa,  meio que nascido aqui.
 
 
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   Consegui localizar outras duas experiências do FVC. As piores situações que um piloto pode enfrentar: fogo a bordo e pane de profundor.

Fogo a Bordo

Todos sabemos que um dos maiores terrores de um piloto é o fogo a bordo.

Somente pensar na mera possibilidade de que isso possa ocorrer deixa qualquer um com os cabelos em pé, isso quando tem, porque a maioria dos ultralevistas está com os telhados um tanto quanto desfalcados …

Este medo nasce com o homem. É um medo tão dominador que durante milênios os habitantes das cavernas e dos matos - quando terminou o loteamento delas, não se conseguia uma única nas imobiliárias da época, nem para compra, nem para aluguel - fugia desesperado daquele monstro destruidor e assassino. Foi a humanidade dominar o fogo e o progresso veio chegando até que deu uma baita travada na idade média quando os homens de vestido preto, comandados por outro de cabeça roxa (eu não podia perder essa), na Inquisição, começaram a proibir que as pessoas pensassem, tivessem idéias, essas coisas. O coitado do Galileu, o Da Vinci (e até o que não dava uma ou simplesmnte não dava, ou dava demais …) que o digam …

O poder destruidor também era um poder de criação, de melhoras. Mas, se não dominado corretamente pode virar-se contra o beneficiário e aí estamos funchados.

O mesmo fogo que faz girar o catavento que puxa ou empurra o aviãozinho, pode puxar a gente para o lugar aquele em que só existe fogo, onde cria térmicas de deixar os pilotos de planador babando.

Todos sabem que gaúcho adora chimarrão, churrasco, roda de trova e pajadas junto ao fogo-de-chão, mas sempre havendo uma segura distância e um lugar próprio para evitar estragos.

Pois o gaúcho Fernando Velho Costa, que já havia enfrentado uma das piores panes que se pode encarar, a pane de comando e, pior, a de profundor, também teve a sua hora de horror com o fogo.

Ia o médico acompanhado da enfermeira (uma dupla saudável - ele é casado com a Pierina, profissional da área), cruzando os céus do Rio Grande, decolados dos Sítio Aldeia dos Anjos, em Gravataí, para as bandas da Serra, a fim de tomar um vinho e comer polenta com passarinhada …, tranqüilo que nem fazendeiro em verão chuvoso, quando a enfermeira que acompanhava o coronel, sentiu um cheiro de queimado e avisou o diretor do hospital, digo o piloto.

Encardumou-se o causo.

O comandante também sentiu o tal cheiro e, não era apenas impressão. Era fogo, mesmo. Se o cheiro de fumaça misturou-se com o de outras substâncias que procedem dos países baixos, isso nunca saberemos …

Mas, a sério, havia fogo no compartimento do motor e não era nos pistões.

O solo embaixo, um bruto paliteiro. Cerros, (morro é cerro de fresco, para os gaúchos) penhascos, paredões, um cenário nada acolhedor. Pousar ali, nem pensar.

Havia o homem esquecido do pincel e não podia nele se pendurar…

O cheiro aumentando.

Bento Gonçalves, a pista mais próxima a quase vinte minutos de vôo.

Atirar o Kitfox naqueles paredões, nem pensar.

Chegar a Bento, seria possível antes do fogo passar para a fibra, para a tela?

Pelo rádio o piloto contata o pessoal de Bento Gonçalves e avisa que está com suspeita de fogo a bordo e que deseja prioridade para o pouso. Esses bloqueiam o tráfego e ficam, apreensivos, à espera.

Os minutos passando e o Kitfox era um helicóptero, pela impressão que dava, de estar parado no ar.

Nunca o Costa quis tanto estar em terra, com exceção da já contada experiência da pane no profundor.

A Pierina, que não deve ser muito assustada, viu um campinho e sugeriu que pousassem ali. Como o fogo não aumentasse, o comandante resolveu prosseguir até o aeroporto, pois pousar em local inadequado poderia, ainda, agravar as coisas, não descartada a quase certa possibilidade de explosão.

Os relógios parados e o Kitfox voando de ré.

O GPS indicando a diminuição do tempo e distância. As ligações para os santos congestionavam o sistema telefônico celestial, e quando terminou a lista dos santos, começaram os apelos aos que estavam no processo de canonização. Valia apelar a todos e a tudo. Nunca se sabe quem estaria disponível e com poderes para apagar incêndio num tequinho perdido lá no lugarzinho aquele, dum planetinha distante …

Manter a calma numa situação destas é fundamental.

O Velho já era formado em cortação de prego. Ciente do perigo, não se apavorou e tratou de manter-se voando. Tem gente que cristaliza e entrega a rapadura sem peleia - o que quase sempre é fatal.

Prosseguiu lutando o gaúcho.

Cinco minutos fora. Isso quase sempre nos soa como "estou em casa". Já dá um novo ânimo.

Fernando Velho Costa, veterano médico, acostumado a pelear com a morte, mas quando a vítima é outro, agia coerentemente na luta pela própria existência. Segundo informações fidedignas, a Pierina agüentou firme e não começou o gritedo ou choradeira tão comuns nestas situações.

Mas cinco minutos com fogo a bordo são duas eternidades.

Finalmente, a reta final.

O cheiro aumentava, mas o fogo ainda se limitava ao motor, testando a eficiência da parede de fogo, que resistia.

O toque, a mais longa de todas as corridas de desaceleração a saída rápida e os imediatos agradecimentos ao Grande Piloto e sua equipe.

O fogo não aumentou e o cheiro sumiu.

Hora de examinar o aparelho e ver o que acontecera.

Uma das bengalas de saída do motor para surdina se rompera e os gases saíam diretamente para a parede de fogo, felizmente não entrando em contato com materiais inflamáveis, o que salvou a vida do casal.

Se o Fernando Velho Costa eventualmente tivesse alguma limitação como comandante, e quem sou eu para julgar qualquer um que seja, o seu preparo em lidar com as duas piores ameaças a um piloto fazem com que eu tire o chapéu para sua competência, pois o resto é o resto, mas quem pousou sem comando de profundor e levou um avião com fogo a bordo a pouso, que, felizmente não se propagou, realmente merece todo o respeito e deve sempre ter alguma coisa de útil a ensinar aos que entram e, por que não? - aos que já estão no meio aviatório.
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Esta foi de arrepiar. O Fernando saiu vivo e o passageiro ileso de uma pane de profundor. 12/6/10
 


 Pilotar é Diferente de Palpitar
 
 
 
Quem não conhece o famoso piloto de mesa ou de bar?


Todo o aeroclube, toda a pista de ultraleves tem a indefectível figura.

O sujeito pilota uma barbaridade, faz o que ninguém consegue, entende de tudo, enfim, um ás no total sentido do termo …

Toda a vez que alguém passa por um sufoco, uma pane, um pouso de emergência, lá vem ele com a infalível frase:

- Por que tu não fizeste como eu, uma vez quando o motor rateou …

O eu é o único pronome que conhece. Eu faço, aconteço, etc. etal.

Mas, uma coisa é pilotar sentado à frente duma gelada, outra, bem diferente é enfrentar o pepino em tempo e espaço real. Não se trata de mera simulação: o pau, lá na frente está parado, a pista mais próxima fica a milhares de quilômetros e o piloto tem que levar o "aparelho" a um "choque com o planeta Terra", como diria o Chico Ledur, o mais suave possível. Se der, com o aviãozinho plenamente utilizável ou, ao menos, com o seu condutor saindo com todos o ossos inteiros.

É muito fácil pousar sem motor, sem algum dos comandos, enquanto a cerveja dá mais perícia e reflexos ao entendido. O difícil é estar lá em cima com árvores, morros e o gado, embaixo, na maior tranqüilidade e indiferença com o problema ocorrido com a refrigeração do aviãozinho, pois, de repente o piloto começou a pingar suor uma barbaridade. E vacas lá, no único trechinho mais ou menos pousável.

Pois vou relembrar aqui a pane que o Fernando Velho Costa enfrentou com muita competência. A pior delas: o comando do profundor desconectou-se.

Imaginem vocês: a gente lá em cima, puxa o manche e sente aquela leveza apavorante. Puxa mais ainda, nada.

Empurra: leve, leve. Pica até o fundo, mais leve…

O pavor injeta litros de adrenalina no sangue. O coração dispara. A garganta seca como se por dias não se houvesse bebido uma única gota dágua.

O pior dos pesadelos trás a agonia da morte não para o sono, mas para a realidade e o piloto sente martelando no cérebro a expressão tantas vezes ouvida: "com pane de profundor, só resta rezar".

Crente, descrente, ateu, à toa, agnóstico, pernóstico, todos rezam nesta hora.

Mas somente rezar talvez não seja suficiente. Quem sabe, totalmente ineficaz.

Algo deve ser feito.

É onde se faz a diferença entre pilotos-homens e pilotos-meninos.

Vendo a morte com o gadanho erguido, lá embaixo, só esperando a chance, um homem reage, um menino grita pela mãe, entrega a rapadura.

Para completar, o Costa levava um passageiro. Para deixar a coisa mais tensa ainda, criança de seus oito, nove anos.

O Fernando fez a diferença entre homens e guris.

Tratou de não fazer curvas fortes e ir testando a reação do seu ML400 (naquele tempo ele pilotava ultraleve, no verdadeiro sentido da palavra - não o RV-9, RV-7, sei lá, que é um baita avião, isto sim) com o uso do compensador e uma aceleradinha ou reduzidinha de manete.

O pepino, de tão graúdo era uma melancia e das grandes …

Suando até pelas unhas, tenso que nem corda de violão, tratava de manter o ML no ar. E estava conseguindo voar relativamente nivelado.

Voar em linha reta horizontal é a primeira aula prática de nossos cursos. O abc

da pilotagem em situação normal ele conseguia executar sem o mais importante de todos os comandos.

Isso já era uma senhora façanha.

Mas todo o avião que está em vôo tem que pousar. Para pousar, tem que perder altura. Para perder altura, há que se picar o manche, quando ele funciona.

E o Costa pensando: "Se, na hora de picar o compensador, o avião entrar numa atitude de mergulho e não sair mais dela?"

O que não tem solução, solucionado está.

Se não tentasse, uma hora a gasolina acabaria e, aí, sim, a vaca se iria para o brejo. Sem profundor e sem motor …

Tomou a decisão certa, começar a descida e torcer para que desse certo.

Com todo o cuidado do mundo picou levemente o compensador.

O ultraleve respondeu suavemente e começou a descer.

Agora vinha o momento do tudo ou nada: hora de neutralizar. O que aconteceria?

O aviãozinho sabia que duas vidas deviam ser preservadas, dentro do possível.

Começou a erguer o nariz suavemente.

Era como se o Sol nascesse depois de uma noite de tormenta e sem Lua.

Havia esperança. Não entrariam de nariz, a noventa graus.

Qual seria o ângulo da placada? A que altura estolariam?

Estas perguntas repetiam-se numa rapidez vertiginosa.

Um avião, duas vidas, um simples pino solto. O fim de tudo estava por um fio de cabelo. E pelo sangue-frio do piloto. Corrigindo, sangue ainda não fervente, pois numa situação desta ninguém pode mantê-lo. Apenas não perde o controle, ainda que os cabelos ergam o capacete de pavor.

A pista, na época era menor, creio que 360 m, iniciando por aterro e terminando entre barrancos, com linha de alta tensão na cabeceira. Era pousar ou pousar. Arremetida fora de cogitação.

Já exigia perícia em circunstâncias normais. Sem profundor, perícia e sorte.

Enquanto deu o Fernando testou o compensador, as reações do ultraleve.

Também testou a reação quando diminuía o motor. Foi pegando a mão da sincronia entre compensador e manete, isto no ar, em vôo quase nivelado.

Na reta final, a descida definitiva, com maior ângulo na rampa, o que aconteceria? Nenhum instrutor havia falado sobre isso. Apenas lembrava-se de que "pane de profundor era lucro pras funerárias".

Encarar a descida para a pista com uma frase destas martelando as idéias não deve ser a melhor coisa do mundo.

A Aldeia dos Anjos (nome do Sítio de Vôo) aproximava-se.

Agora é que o homem mostraria porque não era menino.

Reduziu o motor, picou suavemente o compensador e manteve o alinhamento com o eixo da pista.

Como o Fernando é médico, preveniu o guri que o acompanhava para que, chegando bem perto da pista, se encolhesse, evitando que o impacto fosse direto sobre a coluna.

Nunca aqueles seiscentos metros de aproximação demoraram tanto a passar.

Nunca uma cabeceira passou por baixo tão rapidamente.

Era agora: arredondar ou ir chão a dentro.

Cabrou o compensador e reduziu o motor.

Só que os ML, pela posição do motor - atrás e ao alto - quando há redução da manete, tendem a erguer o nariz e foi o que aconteceu.

O ultraleve ganhou novamente altura e a seguir estolou, placando com extrema violência.

O passageiro, criança, mais leve e, seguindo as instruções do comandante, saiu praticamente ileso.

O ML ficou quase que destruído.

Com o Fernando Costa, infelizmente, a coisa complicou. Fraturou um vértebra. Isto porque, no instinto de piloto, bateu no solo com as pernas esticadas, a mão no manche, indo todo o impacto para a coluna.

Mas, sua coragem, perícia e atitude foram recompensadas. Após cirurgia e tratamento, recuperou-se, voltando a caminhar normalmente e a pilotar, sendo que agora anda faceiro no seu RV.

No meu entender, acho que pouquíssimos de nós conseguiriam levar um ultraleve sem comando de profundor a pouso em que um saísse ileso e outro com lesões recuperáveis. O fato de destruir o aviãozinho, para mim é insignificante.

Pois é, mas não faltaram "pilotos", "mui amigos", que começaram a dizer que ele não deveria ter reduzido tanto o motor, que poderia ter cabrado menos o compensador, ter feito uma rampa mais suave. Essas coisas que os ases de mesa sabem falar, como se aviação fosse que nem futebol e existisse pilotagem de botão …

Segundo consta houve até um que quis levar a coisa ao extremo e tentou um pouso sem comando de profundor. Mas ele fez tudo na maior tranqüilidade, sabendo que, se a coisa encrespasse, o profundor estava ali, disponível, era só usar.

Assim, sem tensão, a coisa fica muito mais fácil. E o tal conseguiu pousar.

Pena que pilonou …

Ainda bem que saiu ileso.

Mas que nunca mais tentou o tal tipo de pouso.

O narrado é verdade e dou fé.
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   Tenho a honra de ter em meu "hangar" um Kitfox com o prefixo FVC. Não é mera coincidência - o avião foi dele.
   Se olharem as fotos do cabeçalho do blog, verão que o Fernando não era  só de RV. Começou com os ML e foi evoluindo, passando pelo Kitfox, Tecnam, etc.,  até ser piloto e proprietário de um RV, não sei se 7 ou 9. E com ele voava por todo o Brasil, distribuindo amizade, alegria de viver e amor pela aviação.
   Companheiro: um dia todos estaremos juntos no outro plano. Vamos fazer um voo em formação, tu com o RV todo flapeado, mantendo 90 milhas e eu no Kitfox que foi teu, na velocidade de cruzeiro, e um monte de anjos nos invejando, por voarmos sem asas no corpo ..., fechando a Esquadrilha Celestial.
   Tu já encontraste a Paz. Manda umas sobras pra nós, brasileiros, meio aturdidos com o jeito como as coisas andam por aqui.
 
  

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