Pajadinha
Neste Sete de Setembro,
Eu, que sou patriota
E ando curto da nota,
Desde quando, nem me lembro.
E há muito que sou membro
Da Confraria do Liso,
Sempre abaixo do prejuízo,
Tive que ir pro
trabalho.
E me larguei sem atalho
Buscar o pila preciso.
O Kitfox encilhei.
Tinha enchido bem o bucho
Deste meu pingo de luxo.
E para o Céu me larguei.
Lote de foto tirei.
Então me bateu o tédio.
Mas pra tudo tem remédio:
De longe vi a fumaça.
Pensei: “Fome tu
não passa!
Vou churrasquear lá no Nedio!
Ele tava num trator
A sua pista alisando.
E eu tive que ir buzinando
Pra ele fazer o favor
De liberar o pousador.
Acho que escutou o eco.
E para pousar, então checo,
Conforme fui instruído.
Um pouso quagi lambido
Pra bem de preservar o teco!
E aí fui convocado
Para assar o tal churrasco.
Com medo de fazer fiasco
Pedi para ser ajudado.
E fui saindo de lado
Passando pro “ajudante”
O comando, como assante.
Decisão boa, afinal
Pois o índio era o tal
No fogo, bom comandante.
Ficou tudo especial.
Encontro pra lá de joia
Boa prosa, boa boia.
Nem muito nem pouco sal.
Mas me sobrou no final:
Despoi da
boia e da prosa,
Em manobra astuciosa,
Além da culpa, dolosa,
A indiada se afastando.
E a louça acabou sobrando
Pro manicaca Barbosa ...
Mas o que é bom pouco dura .
E quem vem tem que voltar.
Chegou a hora de voar,
Pra perto ou pra lonjura.
Que prossiga a aventura.
Que seja liso o caminho,
Que todos voltem pro ninho,
Nesta alegria que encanta,
Pois, por voar é que canta,
De feliz o passarinho!
Nenhum comentário:
Postar um comentário