Digo buenas e me espalho, Bem no estilo de peão, Vou sorvendo o chimarrão Findo o dia de trabalho. A cambona no borralho: Água quente não me falta. Tô louco por ver a malta De manicaca e piloto, Todos saindo na foto Do encontro de Cruz Alta. 6º ENCONTRO AERONAUTICO DE CRUZ ALTA-RS , NOS DIAS 4 & 5 DE MAIO DIVERSAS ATRAÇÕES TEREMOS A DISPOSIÇAO VANS PARA HOTEIS COMBUSTIVEL HOTEIS: SANTA HELENA 55 3322 7433 ROSMES PALACE 55 3322 6464 PINHEIRO 55 3322 6697 CUIA 55 3322 5982 CONTATO : DIEGO - 55 96280240 MAIL: SUPORTEBIRUTA@GMAIL.COM | |||||
A confirmação da presença é importante para que os organizadores
possam ter idéia da quantidade de pessoas. |
quarta-feira, 24 de abril de 2013
6º Encontro Aeronáutico de Cruz Alta
domingo, 21 de abril de 2013
Conselho Gaudério
Vocês sabem que o manicaca aqui já pousou fora sete vezes. Um dos pousos foi em "canard" de dorso, após pane de decolagem ... Tive outra pilonagem há pouco tempo. Em todos os casos, felizmente saí ileso. Assim, acho que posso sugerir, por experiência, o que vai a seguir:
O quera voou bastante
E está quase chegando;
Sem querer vai relaxando,
E fica muito confiante,
O pouso amanteigante
Está mui bem planejado.
Mas como diz o ditado:
Agora é que a cautela
E caldo da ave aquela
Pode lhe salvar a vida:
Dê mais uma conferida
Se o cinto tá ajustado.
O quera voou bastante
E está quase chegando;
Sem querer vai relaxando,
E fica muito confiante,
O pouso amanteigante
Está mui bem planejado.
Mas como diz o ditado:
Agora é que a cautela
E caldo da ave aquela
Pode lhe salvar a vida:
Dê mais uma conferida
Se o cinto tá ajustado.
sábado, 20 de abril de 2013
Êxodo Urbano
ÊXODO
URBANO
Até perto dos dois anos eu era tal e qual terneiro
guaxo: sempre doente. Peste daqui, peste dali, todo o mundo achando que não
vingava aquele corpo esquelético, encimado por uma baita cabeça, verdadeira
abóbora, sempre caída para um lado.
A teimosia do pesteado, porém, era
grande e, chá disso, caldo daquilo, quando o pessoal se dá conta, o piazote
está pegando viço e ameaça passar o agosto, mês do natalício da importante
figura.
Tão bem estava o dito, que até puderam
pensar em levá-lo para a fazenda dos avós. E aqui vai um esclarecimento: a
Fazenda Bom Retiro não era, propriamente,
dos avós, mas, isto sim, somente do Vovô, homem muito do corajoso, pois,
quase aos oitenta anos, em terceiras núpcias casou com minha avó de sangue, que
ainda não chegara aos cinqüenta. Tal casamento, por exigências legais e
herdeirais, foi feito com separação total de bens. Fica claro, assim, que
continuo pelado como vim o mundo, porque da tal fazenda só herdei a saudade.
Ele, o Vovô, chamava-se Donato Dornelles
de Quadros e, ainda que sendo meu avô apenas por afinidade, nos adotamos
mutuamente. Eu, porque não conhecera nenhum avô consangüíneo e ele, porque eu
era o vivente humano mais novo da fazenda.
Mas voltemos à minha ida para a
campanha:
Era um toco de sobreano quando me vi na
rodoviária de Santa Maria, embarcando num ônibus da Empresa Maffini, rumo à
Palma, umas duas léguas e meia antes de São Vicente do Sul, que por aquelas
épocas se chamava General Vargas.
O ônibus era um daqueles focinhudos, Fargo ou coisa parecida, com bagageiro no
toldo. Num tapa saiu da cidade e entrou na estrada, tentando desviar dos
buracos, embalando nos lançantes para, gemendo, tentar a melhor contra as
subidas.
Tanto gemeu, tossiu e fez força que, lá
pelas tantas, entregou a rapadura. Ficamos assim, no meio do campo, com um sol
de rachar as idéias, esperando que o motorista, com seu boné preto, de
quebra-sol envernizado, conseguisse pôr a geringonça a funcionar.
Aquele calorão me deu uma baita sede.
Abri os tarros. Minha irmã Maria, apenas nos seus doze anos, ficou sem saber o
que fazer diante do meu berreiro, até que um senhor se ofereceu para procurar
água em alguma casa. Caminhou um bocado até conseguir, mas, parece que
adivinhando, foi ele apontar na curva com uma vasilha cheia de água fresquinha,
recém tirada do poço e o motor, depois de muita furungação e xinga, deu sinal
de vida.
Tomei minha água e recomeçamos a
gemedeira. Paramos na casa para devolver a vasilha e prosseguimos despachando
terra, devagar, mas firmes.
Chegamos a São Pedro do Sul. Tomei uma
garrafa de Cyrillinha na Rodoviária e não me acalmei enquanto a Maria não
comprou outra para levar junto até o fim da viagem. Sabia eu lá quando é que
aquela gaiola gemedeira ia encrencar de novo?
Heroicamente fomos avançando. Cada vez
mais perto do destino. Eu, tentando de tudo quanto era jeito botar a cabeça
para fora, o que se mostrou impossível por causa das grades nas janelas.
Dê-lhe passar coxilha, sanga, gado,
cavalos, peões e bolichos.
Quase me borro de susto quando, de
repente, me vejo nas alturas, olhando apavorado as águas que passavam lá
embaixo. Era a ponte do rio Toropi.
Mal atravessamos a Maria falou:
- Aqui começa a fazenda.
Apareceu uma reta em terras de várzea,
quase uma légua. O fim dela dava numa subida em cujo topo ficava a Encruzilhada
da Mata e o bolicho do Franchi. Mais umas quinhentas braças e vinha a entrada
da Bom Retiro.
Um próprio nos aguardava com um cavalo
a cabresto.
Fui colocado na montaria, à frente,
segurado pela irmã, para evitar tombo.
Teríamos que cavalgar mais ou menos um
quarto de légua. Seguimos pelo corredor, passando pelas mal-assombradas
tunas-rosa, onde, diziam, um tropeiro morrera crivado de espinhos, numa
disparada de cavalo. Muito sujeito valente não passava ali depois do Sol posto,
pois a alma penada costumava dar umas incertas. Falavam também que carecia de
se ter muito cuidado com os espinhos. Espinho de tuna, se não fosse tirado
imediatamente e por inteiro, começava a andar pelo organismo do vivente, até
alcançar o coração. Aí, adeus gaúcho.
Como
ainda era dia, passamos as tunas sem sermos molestados pelo fantasma-ouriço,
atravessamos um matinho de maricás, rodeamos as mangueiras pelo lado do Minuano
e chegamos.
O que mais dava na vista, para quem
chegava, era um enorme cinamomo. Atrás dele, a casa principal e, à esquerda
desta, a Casa Velha, grudada à qual estava o galpão-do-fogo onde a peonada
tomava mate, contava causos, arranhava um violão, peidava, e, às escondidas,
bebia e jogava pife, porque o vovô Donato era adventista-do-sétimo-dia e não
gostava de cachaça e jogatina. Pegados ao galpão-do-fogo vinham a carpintaria,
o galpão dos jiraus e, finalmente, o de tirar leite, que estábulo não é palavra
para gaúcho usar.
Fiquei meio embasbacado com tudo
aquilo, mas não prolonguei muito minha atenção porque a Cyrillinha não fora
bebida ainda. O melhor a fazer, então, era amarrá-la dentro dum balde e deixar
um bom tempo no poço, gelando.
Depois da janta me deram a preciosa
garrafa, o que foi um erro. Como estava cansado da viagem e de ver tanta novidade
numa tocada só, fui dormir muito bem preparado para uma senhora mijada na cama.
Que não falhou.
terça-feira, 16 de abril de 2013
Abetura do balístico - colaboração Nedio Marques da Rocha - Catanduva - Região Metropolitana de São Pedro do Sul -
Acho que vou comprar um. Será que funciona no solo? .... ih, ih, ih .... aí, posso perder roda e não pilonar ...
http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=MaU9PnXU1Pc&feature=fvwp
http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=MaU9PnXU1Pc&feature=fvwp
O Kitfox vai voltar
O Kitfox pandorguinha do Lambe-Lambe está no começos da reforma.
Está com hélice recolocada, carenagem do nariz com o trabalho em fibra já feito.
O manicaca e a patroa deram um duro como carpinteiros e construíram os cavaletes onde apoiar as asas, enquanto os estais (que todos, inclusive eu, erradamente chamamos de montantes) vão para a solda com o Ramos.
Se não houver grandes imprevistos, logo, logo o tequinho sai pelos céus do Rio Grande.
Matéria-prima para o conserto é que não falta. Andei reformando umas cercas na chácara e, assim, o que tem de arame velho sobrando ...
Também localizei uma panelas de alumínio abandonadas, cola Tenaz do tempo em que minha filha Juliana era criança, na pré-escola, etc. e tal.
Agora também retomo a atenção ao blog e lasco uma pajada só pra "inticar":
Gaúcho, mate, cavalo,
Sempre juntos andarão.
É o destino do peão
E nada pode mudá-lo.
Pode ser bagual o pealo
E a cosa para lá de feia,
Ninguém lhe bota maneia.
E se a briga a terminar custa
Índio taura não se assusta
Não tá morto quem peleia!
E já estou peleando
Sem pressa, bem nos contentos;
Tranquilo, trançando os tentos.
E canos realinhando,
Os panos vou recolando,
Seguindo o exemplo e fonte
Dum tal de Santos Dumont
Com o seu 14 Bis.
Eu, já me dou por feliz
Com o teco no remonte.
Presta atenção no que digo
E grava bem na memória:
Vamos nos tapar de glória.
Piloto e avião amigo,
Tal e qual no tempo antigo
O Centauro reviveu.
O vento me dobra o chapéu,
Relinchando e dando coice,
Dou rédea pro Kitfox
Pra galopear pelo céu.
Está com hélice recolocada, carenagem do nariz com o trabalho em fibra já feito.
O manicaca e a patroa deram um duro como carpinteiros e construíram os cavaletes onde apoiar as asas, enquanto os estais (que todos, inclusive eu, erradamente chamamos de montantes) vão para a solda com o Ramos.
Se não houver grandes imprevistos, logo, logo o tequinho sai pelos céus do Rio Grande.
Matéria-prima para o conserto é que não falta. Andei reformando umas cercas na chácara e, assim, o que tem de arame velho sobrando ...
Também localizei uma panelas de alumínio abandonadas, cola Tenaz do tempo em que minha filha Juliana era criança, na pré-escola, etc. e tal.
Agora também retomo a atenção ao blog e lasco uma pajada só pra "inticar":
Gaúcho, mate, cavalo,
Sempre juntos andarão.
É o destino do peão
E nada pode mudá-lo.
Pode ser bagual o pealo
E a cosa para lá de feia,
Ninguém lhe bota maneia.
E se a briga a terminar custa
Índio taura não se assusta
Não tá morto quem peleia!
E já estou peleando
Sem pressa, bem nos contentos;
Tranquilo, trançando os tentos.
E canos realinhando,
Os panos vou recolando,
Seguindo o exemplo e fonte
Dum tal de Santos Dumont
Com o seu 14 Bis.
Eu, já me dou por feliz
Com o teco no remonte.
Presta atenção no que digo
E grava bem na memória:
Vamos nos tapar de glória.
Piloto e avião amigo,
Tal e qual no tempo antigo
O Centauro reviveu.
O vento me dobra o chapéu,
Relinchando e dando coice,
Dou rédea pro Kitfox
Pra galopear pelo céu.
segunda-feira, 15 de abril de 2013
Pensamento do Diaz
Não permita que a qualidade de seu avião seja inversamente proporcional à sua qualdade de piloto.
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