E O SÃO PEDRO ESQUECEU AS TORNEIRAS ABERTAS
Desde o início da primavera, esta deve ser a quarta ou quinta enchente. Houve lavoureiro que replantou três, até quatro vezes e, agora, tudo ou quase tudo perdido.
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Pajadinha
O causo se parou feio.
Chega até a causar medo.
Tá caducando o São Pedro.
E a chuvarada se veio.
O índio não vê um meio
De escapar do prejuízo.
O gaúcho já tá liso
E se para apavorado:
Meio sinistro o recado
Do fim do mundo é o aviso?
E por Brasília, a lambança
Parece que continua.
O povo na maior pua
E a graudagem em festança.
E por lá ninguém descansa,
Pra no bem-bom se afofar
E competência alegar.
Mesmo rumo, mesmo trilho:
O vice nomeia o filho.
E o povo vá se lascar!
Não votei no Bolsonaro
E tampouco no Haddad.
Pra completar a maldade,
Que isto fique bem claro:
Nem Leite, nem "Sartonaro".
Me agarrei no "zero, zero".
Anulei, vou ser sincero:
Militar, é no quartel.
Capitão ou coronel
Presidente é que eu não quero!
Ando sempre gauderiando.
Vou por estrada e atalho.
Pois vender é meu trabalho.
Vivo o Rio Grande cruzando,
Mas já não tô mais aguentando
Este destino velhaco.
É buraco e mais buraco,
Que, pra ser honesto e franco,
Qualquer dia um solavanco
Me arranca as bolas do saco!!!